Com 13 mil quilômetros rodados, a equipe finaliza a oitava rota em Cáceres, cidade que ficou famosa pelas aparições da onça-pintada, e inicia a última etapa da expedição, que contará até com um voo na região da Serra do Amolar
A penúltima etapa da Expedição Pantanal, projeto patrocinado pela Fundação Toyota do Brasil que percorre diferentes regiões do Pantanal para mapear suas práticas sustentáveis, foi realizada exclusivamente em Mato Grosso, na região de Cáceres, conhecida pela pecuária, o turismo de pesca e também pelas constantes aparições da onça-pintada, maior carnívoro terrestre do Brasil.
A equipe da Expedição Pantanal começou essa rota com bastante esperança de encontrar o felino, no entanto, até agora, só encontraram o rastro do animal na região. Em contrapartida, os expedicionários ficaram encantados com a organização da população local nas lutas sociais em prol de assegurar e resgatar as tradições pantaneiras, inclusive com o envolvimento da Prefeitura, instituições e universidades.
Para Rodrigo Teribele, biólogo do projeto e responsável pelas entrevistas, em Cáceres encontra-se “um povo rico, sensibilizado pela tradição, que quer assegurar uma cultura para os filhos e netos. Isso é lindo, fantástico e único. Vejo que outras partes do Pantanal estão precisando disso, e nós iremos replicar essa comoção e esse esforço que o pantaneiro de Cáceres está fazendo. Um belo trabalho local”, afirma.
Logo no início da oitava etapa, os expedicionários também participaram da comemoração do “Dia do Rio Paraguai”, um dia criado devido à vitória da sociedade contra a construção da Hidrovia Paraguai-Paraná, um grande projeto que iria alterar a vida dos moradores da região. Segundo a equipe, é um dos eventos mais bonitos de amor pela natureza criado por gente simples do Pantanal.
Nesta etapa, a EXPedita, como é conhecida a Hilux SRV 4x4 que transporta a equipe do projeto, desenvolveu ótimo desempenho na viagem. Durante o trajeto, a equipe trafegou por uma rodovia com movimento intenso de caminhões, usados para escoamento de grãos e minérios. Além disso, algumas estradas de terra do Mato Grosso estavam em péssimas condições, mas a picape proporcionou conforto e as dificuldades foram superadas sem problemas.
A última rota, que teve início em 29 de novembro e vai até 9 de dezembro, está sendo realizada em Corumbá, cidade histórica e que apresenta um riquíssimo turismo de pesca, e na Serra do Amolar, onde a equipe fará um voo sobre a região. O foco serão questões relacionadas a pesquisas, com visitas agendadas na Embrapa Pantanal, Instituto Homem Pantaneiro, Associação Amor Peixe, entre outras.